quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Por Enquanto...


Estou ouvindo “Por Enquanto” do Legião Urbana e sentindo aquele friozinho gostoso no estômago, aquele que a gente sente quando da vontade de chorar mas não chora porque não tem motivos para sofrer.

Mudaram as estações minha querida amiga...
Alguma coisa aconteceu e hoje sei que acreditar no que é pra sempre nem sempre é imperfeito.
Sinto um leve pressentimento de que as coisas ficarão mágicas dentro em breve.
Não por feitiços, não por maldições, não por dor e nem por desastres.
Mas sim por magia, uma doce e estonteante magia de volta ao lar.

São José dos Campos no frio possui uma riqueza magnífica,
Dessas que a gente só consegue enxergar quando está solitário.
Não é ruim estar só, mas péssimo estar sozinho.
O bom gosto das praças e a exuberante riqueza das almas circundam as avenidas e clareiam os pontos de encontro que me deixa pensativo.
Ainda tenho vontade de ser eu mesmo e voltar a ser o Leandro de antes, mas cá entre nós...
Hoje é hoje e o que passou deve ficar para trás ou te perseguir para completar-te de alguma maneira, em uma outra hora, talvez um outro dia ou outro momento.

Existe um lugar nessa cidade que se tornou patrimônio.
Existe um lugar nessa cidade onde gosto de esconder alguns poemas de trovador.
Existe um lugar nessa cidade onde ninguém me encontra, mas todos me conhecem.
Lá me encontro, lá me escondo, lá me conforto, lá me aventuro, lá sou eu, lá sou o sol, o lá, o fá e o acorde que eu quiser.
Porque lá componho, lá escrevo a minha aventura e me aventuro ao pensar que as pessoas são confiáveis, que imaginação a minha!

Numa antiga casa de loucos, tuberculosos e asilados.
Numa esquina com a avenida burguesa.
Todos os sábados entre a manhã e o entardecer, lá estou.
Aprecio as paredes, os telhados, as plantas, os jardins, a capela, as promessas, as dores...
Olho mais adentro, procuro ouvir os choros e me compadecer das tristezas.

Porque assim sou eu, assim me sinto e assim me escondo...
Porém não mais com lágrimas nos olhos...
Não lágrimas de feitiços, maldições, dor e nem desastres.
Lágrimas de magia, uma doce e estonteante magia de volta ao lar.

Sinto-me bem, cada dia é um começar de novo.
E cada dificuldade ou saudade me faz gostar dos dias frios dessa cidade
São José dos Campos no frio possui uma riqueza magnífica,
Dessas que a gente só consegue enxergar quando está solitário.
Vocês deveriam conhecer este lugar e talvez me encontrar pelo antigo Vicentina Aranha um dia desses.


Mas, por enquanto o pra sempre sempre acaba nos levando de volta ao lar!

Que imaginação a minha...!

Nenhum comentário: