terça-feira, 11 de setembro de 2007

Blues de um dia Bom!


Aquele dia, todos pareciam sorrir, era uma sensação maravilhosa.
Você já caminhou sobre algodão?
Havia alegria em todas as direções.
Por um momento incessante as pessoas pareciam felizes.
Não havia diferença entre raça, cor, sexo ou religião.
Um sorriso delicado nasce no canto da boca entrelaçando lábios e desabrochando reações miraculosas.

São tempos de amizade e risos.
É um típico dia de outono se despedindo do entardecer...
Você já caminhou entre folhas secas?

Há um tom de amarelo ouro entre as nuvens e a capa de um velho disco estampa uma linda paisagem nos olhares das garotas.
Todas com seus cabelos soltos enfeitando o parque de essências perfumadas.
Você já caminhou por entre flores?
Os velhos são fortes e seus olhares jovens, cheios de espírito infantil.
E você pode sobreviver em um mundo assim, pode caminhar e sorrir sem medo de não ser correspondido.

É um som de blues embalado aos abraços nas cordas de um velho violão adormecido.
Você já dançou sua música entre a tarde e o entardecer?
E assim gostaria que o mundo continuasse.
Que tudo o que é filosofia fizesse parte de minha realidade.

Houve um tempo em que isso era mais que um sonho ou uma bela fantasia da minha parte.
Houve um tempo em que meus pés repousavam sobre nuvens e eu adormecia sobre um delicado colchão de algodão azul.
Nesse tempo não importava o que acontecia, sempre que eu precisasse podia sentir o perfume da minha flor predileta, na hora em que eu quisesse, no momento em que eu necessitasse, sem medo, sem receio e sem ter de chamar pelo seu perfume bailando na brisa de minhas tristezas.

Houve um tempo em que o meu blues não era uma canção de pranto e dor, mas eu dançava minha canção favorita, não importava em que lugar...
O meu blues era harmonia,
O meu blues era essência,
O meu blues era um espírito de força e de “sou capaz de ir além”.
O meu blues não era morte...O meu blues não era apenas pranto...O meu blues era quem eu precisava.

Quando eu ouvia meu blues todos começavam a sorrir, eu caminhava sobre algodão, havia alegria em todas as direções.
Quando eu cantava o meu blues, um sorriso delicado nascia no canto de minha boca desabrochando reações miraculosas, tinha amigos e risos.
E quando eu tocava o meu blues era fácil caminhar entre folhas secas em um mundo assim, em um típico dia de outono na velha capa de um disco com velhos de espíritos infantis.

Nesse tempo não importava o que acontecia, sempre que eu precisasse podia sentir o perfume da minha flor predileta e tocar meu blues para viver um sorriso delicado nascendo no canto de sua boca...

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