quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Montreal...


Estou de partida, quero conhecer o mundo e habitar em Montreal.

Sentirei saudades quando chegar a hora...
Às vezes fico pensativo e não consigo encontrar um motivo para ir.
Mas mais do que isso, o desejo cresce a cada dia e a vontade se torna mais intensa.
Nada me prende mais.
Meus pés estão soltos.
E hoje a noite pode durar para sempre.

Teu sorriso está despertando novamente o que eu não quero sentir.
E quando você dança tua dança, consegues embalar meu coração.

Não quero que essa noite passe e nem que a chuva deixe de cair.
Perto de você me sinto seguro e a teu lado as coisas estão sendo diferente.
Não pare de dançar porque a tua formosura embala meu coração e teu sorriso me desperta novas sensações, você sorri enquanto dança.

Infelizmente querida, estou de partida.

Vou deixar meu barco e voar para uma ilha de chuva.
Onde a solidão não doerá tanto e estar sozinho será sinônimo de liberdade.
Deixo-te este tão pobre poema para dizer-te que adoro o som da chuva.

E me torno completo quando ficamos as altas madrugadas brigando e soluçando de tanto rir.
Você é linda e esta noite durará para sempre, sempre que precisarmos e sempre que a chuva cair.

Não quero que essa noite passe e nem que a chuva deixe de cair.
Perto de você me sinto seguro e a teu lado as coisas estão sendo diferente.
Não pare de dançar porque a tua dança embala meu coração e teu sorriso me desperta novas sensações.

Vontade de Rasgar a garganta...


When I see your smile
Tears run down my face
I can't replace
And now that I'm strong I have figured out
How this world turns cold and it breaks through my soul
And I know I'll find deep inside me I can be the one

I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you sends me to heaven


It's okay. It's okay. It's okay.
Seasons are changing and waves are crashing
And stars are falling all for us
Days grow longer and nights grow shorter
I can show you I'll be the one

I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you sends me to heaven

Cuz you're my, you're my, my, my true love, my whole heart
Please don't throw that away
Cuz I'm here for you
Please don't walk away and
Please tell me you'll stay
Use me as you will
Pull my strings just for a thrill
And I know I'll be okay
Though my skies are turning gray
I will never let you fall
I'll stand up with you forever
I'll be there for you through it all
Even if saving you sends me to heaven

Imaginei que Você Viesse...






















sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Mistérios do Passado...



Quando a margem da consciência de um homem e a renda bordada de sua nobreza encontra-se ambas abaladas...
Qualquer instante é o limite entre o final de sua vida e o inicio de sua nova jornada,
Eis uma pequena caminhada em direção ao intenso deslocar de pensamentos dentro da minha imaginação.
Ultimamente ando viajando dentro de uma tímida e dolorida inspiração.
Um pausado e inquieto sorriso...
Neste instante a janela de minha alma está aberta e meu olhar serrado dentro de um ser, contemplando a face intrigante do horizonte, adormecido no sangrar do pôr-do-sol.

Inicio uma jornada entre livros e filmatografias francesas, busco solucionar problemas sentimentais e encontrar razões para teorias.
Um alento seria entender como ou porque no instante em que um venenoso grito de ódio e rancor me corta a garganta, um mesmo e inquieto anseio de simplicidade e amor me aquece o coração.

Deixar fantasmas percorrerem o teu destino contigo pode ser doloroso e igualmente tenro quanto tardes solitárias de inverno.
Não é mais uma dor e nem uma tristeza, parece apenas uma busca entre o que não é, o que se torna, o que me tornei, o que passou e o que tenho de enterrar.
Respiro ofegante...

Uma canção atravessa a noite e o deslizar do choro cristalizado de um violino se confunde ao som da tumba e ao perfume da madeira trabalhada.
A composição é triste e me faz querer dançar e chorar, chorar e dançar...
Correr e me adentrar por fora de meus sonhos mesclado a um radiante emaranhado de tambores, pratos e florinetes italianos que salientam despedidas e abraços nunca antes oferecidos.
Aparece a ansiedade de flutuar pelo ar e compor junto às estrelas uma canção de despedida sob a capa da noite e a bailarina lunar, brota a vontade de despertar no nunca mais e nunca mais despertar para o resto da eternidade.
Acordo, porque a eternidade dura tão pouco quanto asas de borboletas azuis, destas que não encontramos frequentemente, decerto porque não duram muito.

“Então voaremos juntos eu e você para onde o destino não nos encontre e o intrigar da partida não se torne tão pobre e sem sentido quanto a chegada, porque o que importa não é para onde você vai, mas o que você faz e o que se torna pelo caminho”.

Onde quer que esteja dama da noite, onde quer que se encontre bailarina noturna, onde quer que repouse misteriosa fada das estrelas e onde quer que nos apaixonemos senhora dos lagos, fiquem bem, assim felizes e entorpecidas de minhas saudades...

Agora repouso ao som de “Lago dos Cisnes”, descanso a sombra de minhas tristezas e adormeço aos braços daquela que ainda espero conhecer enquanto avisto a distante, um caminho, um limite, e isto não acontece muitas vezes...
Acontece apenas quando a margem da consciência de um homem e a renda bordada de sua nobreza encontra-se ambas abaladas.
E você descobre que qualquer instante é o limite entre o final de sua vida e o inicio de sua nova jornada...

Em homenagem aos amores imperfeitos, que são mágicos quanto os amores reais, mas não tão verdadeiros quanto aqueles que não deram certo.

domingo, 14 de outubro de 2007

Lembranças...


Vou lhe cantar uma valsa,
Que saiu do nada de meus pensamentos
Vou lhe cantar uma valsa
Sobre um caso de uma noite
Você foi minha naquela noite

Foi tudo que sonhei a vida inteira
Mas agora você se foi

Você foi para longe
Foi para sua ilha de chuva
Para você foi apenas um caso de uma noite
Mas para mim você foi muito mais só para você saber
O que disseram pouco me importa
Sei o que você foi para mim naquela noite
Só quero tentar de novo só quero mais uma noite
Mesmo se não der certo
Você significou muito mais
Do que qualquer outra que já conheci.
Uma noite com você querida...
Vale mais do que mil com outra mulher

Não estou amargurado amor
Jamais esquecerei este caso de uma noite.
Mesmo amanhã nos braços de outra
Meu coração será teu até quando eu morrer
Vou lhe cantar uma valsa
Que saiu do nada de minhas tristezas
Vou lhe cantar uma valsa
Sobre aquela noite maravilhosa.


(Antes do por do sol)

Estranho Amor...


Me dispeço de mais uma tarde sem você...
De mais um por-do-sol contemplado por estes olhos rasos mergulhados na imensidão da brisa.
Pergunto-me porque esta saudade rasga o colo sem ar.
Porque me confundo entre meus sonhos e esta realidade fria.

Na varanda da velha casa das lembranças restaram as promessas de tardes de outono junto a ti.
Vãs promessas.
O estômago esfria toda vez que imagino vê-la romper o horizonte.
Alguns chamam de miragem, outros de ilusão e eu de triste esperança.

Resta-me um coração no estômago...
Você já se prendeu a alguém de uma forma que não conseguisse mais dormir sem trazer a mente a imagem da pessoa amada?
Mais complicado é quando a imagem se perde por entre as tristezas.
Vivo sozinho e dentro de mim um labirinto consome o meu vazio esvasiando as interrogações.
Em um sonho de estranhos amores com sorrisos que plantam lágrimas pelo caminho da ansiedade.

Mas este labirinto persiste em durar.
Paredes firmes de orgulho e caminhos estreitos de incertezas.
Escondo-me, é apenas um sonho.
Seu sorriso me trás uma lágrima e muitas páginas escritas em meu caderno de folhas amarelas.
Tenho um receio de acordar, mas preciso, eis aí, é a realidade chegando porque todos esqueceram a poesia.
Pergunto-me onde foi que esqueceram-na e porque para viver com ela tenho de me isolar deste mundo.
Mas é difícil viver a poesia sem você e é complicado viver contigo se não conheces mais o valor da poesia.

A estrada está acidentada, o vento está cortante e lá se vai outro por-do-sol.
Não há mais o que fazer, estou chegando ao fim do labirinto e o crepúsculo está próximo.
Infelizmente tenho de confessar a mim mesmo e convencer-me que não preciso mais esperar-te para tomar o rumo nesta estrada.
Liberdade em um estranho amor que mata a sensatês e desperta o trovador adormecido no lago da solidão.
E assim finjo que não estás aqui, que não te sinto e que não invades mais meus sonhos.
Mesmo triste sorrio,
É um sonho...
Um sonho de silêncio onde o único ruído é um pulsar incerto.
Concentro-me...
E de repente: Escuto o meu coração bater no estômago.