quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Papillons...


Adieu, dit-il à la fleur.
Mais elle ne lui répondit pas.
- Adieu, répéta-t-il.
La fleur toussa. Mais ce n'était pas à cause de son rhume.
- J'ai été sotte, lui dit-elle enfin. Je te demande pardon. Tâche d'être heureux.


Il fut surpris par l'absence de reproches. Il restait là tout déconcerté, le globe en l'air. Il ne comprenait pas cette douceur calme.
- Mais oui, je t'aime, lui dit la fleur. Tu n'en as rien su, par ma faute. Cela n'a aucune importance. Mais tu as été aussi sot que moi. Tâche d'être heureux... Laisse ce globe tranquille. Je n'en veux plus.
- Mais le vent...
- Je ne suis pas si enrhumée que ça... L'air frais de la nuit me fera du bien. Je suis une fleur.
- Mais les bêtes...
- Il faut bien que je supporte deux ou trois chenilles si je veux connaître les papillons. Il paraît que c'est tellement beau. Sinon qui me rendra visite ? Tu seras loin, toi. Quant aux grosses bêtes, je ne crains rien. J'ai mes griffes.
Et elle montrait naïvement ses quatre épines. Puis elle ajouta:
- Ne traîne pas comme ça, c'est agaçant. Tu as décidé de partir. Va-t'en.
Car elle ne voulait pas qu'il la vît pleurer. C'était une fleur tellement orgueilleuse...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Não pode chover o tempo todo


"As pessoas acreditavam que quando alguém morria, um corvo carregava a alma para a terra dos mortos. Mas, às vezes, algo tão ruim acontece, que uma tristeza enorme é levada junto, e a alma não consegue descanso. E às vezes, só às vezes, o corvo pode trazer a alma de volta para consertar as coisas erradas."


Não faço mais questão...


Desculpem este jovem rapaz...

Mas está difícil falar de amor neste momento.


"Se as pessoas que amamos são tiradas de nós...

O jeito de mante-las vivas é continuar amando.

Os prédios queimam, as pessoas morrem,

mas o amor verdadeiro é pra sempre"


As vezes as pessoas precisam ouvir o que é óbvio!

Que seja! Não faço mais questão.

Eu sou mais eu...


Uma semana estranha se inicia.
Pontos a serem verificados:
Minha mente e meus sentimentos.

Ultimamente tenho me sentido muito frio, principalmente quando vi a sua ultima postagem.
Bem, não quero falar disso, mas isso me deixou assim.
Sinceramente não é só isso...

Tenho me sentido muito estranho ultimamente, uma vontade louca de fazer o que todos fazem e viver o que todos vivem.
Parece que não quero mais ter sentimentos dentro do peito, não porque me magoei muito, mas talvez porque eu simplesmente não queira.
Afinal de contas, eu sou mais eu agora, apesar de não ser eu mesmo.

Espero que isso seja só por hoje, pois não gosto de ser assim.
Acho que tudo que eu queria em um relacionamento é ser conquistado de verdade.
Ter alguém que se preocupe comigo, alguém para ligar quando eu precisar e que de atenção para o que eu digo, que repare na importancia de se envolver, mas que saiba o que significa espaço e tempo.

Alguém, não que prefira a mim mais que todas as coisas, mas que prefira todas as coisas se lembrando de mim.
Quero alguém que me respeite e que ao mesmo tempo se de ao respeito.
Alguém que se cuide e acredite nas coisas simples, não pense apenas no que é material e passageiro.
Quero ser conquistado por alguém que seja simples e ao mesmo tempo assuma o comportamento certo, no momento certo e no lugar certo.

Quero uma pessoa adulta ao meu lado, mas pronta para viver todo o momento de criança que a vida oferece.
Quero alguém que saiba me levar, não por chantagens e nem por ameaças, mas por delicadesa e respeito.
Alguém que saiba falar a verdade sem se importar com o que posso achar caso seja para o meu melhor, quero uma pessoa verdadeira.
Quero ser conquistado por uma garota honesta e com honra.

Mas nem tudo o que quero é o que eu preciso, mas o que eu não quero é alguém que tenha vergonha de mim.
Não quero alguém que tenha medo de arriscar e nem medo de ser feliz.
Não quero viver ao lado de uma pessoa mimada que acha que o mundo deva girar ao seu redor...

Quero alguém que de valor em si mesma sem se esquecer de dar valor a mim.
Alguém que de valor a verdade sem precisar viver na mentira por medo ou por rasões particulares.

Mas, neste momento, só quero ficar sozinho, porque eu estou muiiiiiiiiiiito bem assim.
Não estou triste e nem machucado, estou até frio demais.
Mas estou bem, porque tudo que eu preciso neste momento é saber que não importa o que aconteça... EU SOU MAIS EU.

É isso aí, o que vale é um dia de cada vez...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A alguém...


Pronto...

Fechei os olhos e apertei minhas mãos uma contra a outra.
Deixei os passos firmes e levantei o queixo.
Olhei adiante e segurei novamente a expiração, forçando os olhos como se fixasse ao longe uma imagem uniforme.

A uma distancia suficientemente longe soltei de dentro do peito uma intensa vontade de sorrir.
O tipo de sorriso pensativo e tenro, terno em um instante e sangrento em um inferno de lembranças que atravessaram minha mente.
Não sorri... Mas de minha boca disse a mim mesmo:

“Pronto! Está consumado”.

Então atravessei a noite e colori meu céu de imagens, das mesmas imagens envelhecidas, das mesmas expectativas nunca saciadas.
Dos mesmos sonhos nunca realizados, das mesmas palavras nunca ditas e do mesmo argumento que torna a madrugada fria e solitária como chumbo.
Minhas mãos tremiam, meus dedos se esfriavam e meu violão se calava.

Em meu abrigo de vida e de razões fui coberto pela retrospectiva que faz o filho quando o pai se vai.
Mantive aceso o olhar e aquecido o coração para esquecer das coisas ruins e salientar o que foi bom.

Então...

Lembrei-me da aliança de gravetos...
Do encaixe perfeito de nossas mãos na igreja...
Dos beijos as escondidas em casa...
Lembrei-me dos abraços intermináveis e de como o meu corpo se acalmava quando sentia teu coração colado ao meu peito...
Do seu sorriso quando na coreografia...
Do gosto de sua boca entorpecendo minhas pernas, esfriando meu estomago e acalmando meus medos.

Lembrei-me quando disseste que queria ser minha esposa e de como planejamos as datas...
Lembrei-me de quando me olhavas enquanto eu riscava acordes do “Tempo” em meu violão...
De quando adormecia em meu colo próximo a fogueira no acampamento.
De quando disseste que eu ainda mexia com você quando estávamos afastados...
Lembrei-me de nossos medos anulados quando estávamos juntos.

Lembrei-me que sonhaste que fazíamos compras juntos...
Lembrei-me do teu perdão quando errei e de como não querias ir embora sem saber se ficarias comigo...
Lembrei-me de que teu pai falara a ti para conhecer o homem de tua vida antes que ele morresse...
De quando me esperou voltar da faculdade para me desejar feliz aniversário.
De quando me deu o perfume...

Lembrei-me de tua primeira carta...
E de quando escreveu que me amava em chinês em uma folha de acordes...
Lembrei-me que um dia fomos felizes juntos...
Lembrei-me daquela terça feira a noite quando olhamos para as luzes da cidade e eu tive certeza de que passaríamos o resto de nossas vidas um ao lado do outro.
Lembrei-me do nosso primeiro ano novo juntos...
De quando pagamos mico dançando valsa no aniversario da Raquel...

De quando fugimos da festa para longe porque você não queria ir embora para tua casa...
De quando passávamos o horário do almoço conversando no MSN.
De quando dormimos juntos e você vestiu minha camisa mofada...
De quando chorei de amor por você, a única que me fez chorar de amor.
Lembrei-me quando te deixei um chupão na barriga...

Lembrei-me de quando nos mordíamos e você ficava cheia de marcas...
Lembrei-me quando fomos ao show do Toque no Altar juntos.
Lembrei-me de quando te vi pela primeira vez, uma criança de 11 anos diante do meu portão.
Lembrei-me de quando se tornou moça...
Lembrei-me de quando usava aquele tênis azul transparente com meias brancas e calça de bailarina.
Do teu All Star Vermelho.
Do teu Colossh e de como você cuidava dele com carinho...
De quando penteava teu cabelo para trás e deixava duas franjinhas diante do rosto.

Lembrei-me quando passava as mãos pelo meu cabelo quando eu deitava em teu colo...
De como passava a mão pelo meu rosto e odiava quando eu não fazia a barba.
Lembrei-me quando mudei de serviço e comemos pizza com a galera, eu sentei no chão, você roubou meu queijo e me chamou de amor.
Lembrei-me de quando te vi de vestido rosa pela primeira vez no aniversário da Celice, você sorriu bastante quando me viu, e eu me senti o cara mais sortudo do mundo.
Lembrei-me de quando num dia 25 de novembro nos separamos...
Lembrei-me quando voltamos...
Lembrei-me quando usaste aquela blusinha preta do super-man pela primeira vez...
Lembrei-me do teu aniversário de 14 anos quando chorastes de felicidades...
Lembrei-me de quando comi teu bolo de cenoura pela primeira vez, teu arroz e tua salada...

Lembrei-me quando voltávamos juntos da igreja...
Quando deitamos juntos na cama de minha mãe e você segurou minha bochecha e disse “Que gracinha”.
Lembrei-me de ter te visto crescer...
Lembrei-me de quando nos encontramos no parque da cidade escondidos em teu aniversário de quinze anos.
Lembrei-me de procurarmos sorvete pela cidade inteira e encontrarmos apenas em uma farmácia...
Lembrei-me de te ver dentro do ônibus indo embora me olhando e dizendo “Eu te amo”, você usava aquela blusinha amarela que teu pai te dera.

Lembrei-me de quando te carregava naquela bicicleta rosa que eu tinha...
Lembrei-me de quando senti ciúmes de você pela primeira vez com o Reger...
Lembrei-me que quando tudo parecia que ia desabar a gente conseguia dar a volta por cima e ficávamos juntos...
Lembrei-me de quando escondias cartas de amor na minha bíblia para que eu encontrasse...
Você cresceu...

Lembrei-me, lembrei-me e quando terminei de lembrar o que não se da para escrever porque foi muito, deitei em minha cama e apaguei a luz.
As estrelas mais uma vez vieram saber como eu estava.

Eu abri os olhos e disse:

“Estou bem, as coisas são como são, fiz minhas escolhas e ela as dela”.
Esperei o sono chegar e naquela noite pedi a Deus para que nunca mais me deixasse sonhar com você, pois o que faltava acontecer aconteceu.
E no final de tudo resta apenas as lembranças...
Para mim só das coisas boas, porque o que foi triste, bem seria uma tristeza lembrar...

Naquela noite sonhei que caminhava pela rua ouvindo “O Tempo” do Oficina G3.
Fechei os olhos e apertei minhas mãos uma contra a outra.
Deixei os passos firmes e levantei o queixo.
Olhei adiante e segurei novamente a expiração, forçando os olhos como se fixasse ao longe uma imagem uniforme.
Não havia nada, apenas você e ele encostados no muro da escola...

Quando estava longe o suficiente disse a mim mesmo:
“Adeus Querida Elisaene, pronto, está consumado e enfim o fim chegou”

“Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre, sempre acaba?
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou... Estamos indo de volta pra casa...”

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Por Enquanto...


Estou ouvindo “Por Enquanto” do Legião Urbana e sentindo aquele friozinho gostoso no estômago, aquele que a gente sente quando da vontade de chorar mas não chora porque não tem motivos para sofrer.

Mudaram as estações minha querida amiga...
Alguma coisa aconteceu e hoje sei que acreditar no que é pra sempre nem sempre é imperfeito.
Sinto um leve pressentimento de que as coisas ficarão mágicas dentro em breve.
Não por feitiços, não por maldições, não por dor e nem por desastres.
Mas sim por magia, uma doce e estonteante magia de volta ao lar.

São José dos Campos no frio possui uma riqueza magnífica,
Dessas que a gente só consegue enxergar quando está solitário.
Não é ruim estar só, mas péssimo estar sozinho.
O bom gosto das praças e a exuberante riqueza das almas circundam as avenidas e clareiam os pontos de encontro que me deixa pensativo.
Ainda tenho vontade de ser eu mesmo e voltar a ser o Leandro de antes, mas cá entre nós...
Hoje é hoje e o que passou deve ficar para trás ou te perseguir para completar-te de alguma maneira, em uma outra hora, talvez um outro dia ou outro momento.

Existe um lugar nessa cidade que se tornou patrimônio.
Existe um lugar nessa cidade onde gosto de esconder alguns poemas de trovador.
Existe um lugar nessa cidade onde ninguém me encontra, mas todos me conhecem.
Lá me encontro, lá me escondo, lá me conforto, lá me aventuro, lá sou eu, lá sou o sol, o lá, o fá e o acorde que eu quiser.
Porque lá componho, lá escrevo a minha aventura e me aventuro ao pensar que as pessoas são confiáveis, que imaginação a minha!

Numa antiga casa de loucos, tuberculosos e asilados.
Numa esquina com a avenida burguesa.
Todos os sábados entre a manhã e o entardecer, lá estou.
Aprecio as paredes, os telhados, as plantas, os jardins, a capela, as promessas, as dores...
Olho mais adentro, procuro ouvir os choros e me compadecer das tristezas.

Porque assim sou eu, assim me sinto e assim me escondo...
Porém não mais com lágrimas nos olhos...
Não lágrimas de feitiços, maldições, dor e nem desastres.
Lágrimas de magia, uma doce e estonteante magia de volta ao lar.

Sinto-me bem, cada dia é um começar de novo.
E cada dificuldade ou saudade me faz gostar dos dias frios dessa cidade
São José dos Campos no frio possui uma riqueza magnífica,
Dessas que a gente só consegue enxergar quando está solitário.
Vocês deveriam conhecer este lugar e talvez me encontrar pelo antigo Vicentina Aranha um dia desses.


Mas, por enquanto o pra sempre sempre acaba nos levando de volta ao lar!

Que imaginação a minha...!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Saudades do que se foi!

Não Tenho muito o que dizer hoje!
De certa forma estou bem, as coisas estão melhores...

Talvez, eu deixe que a figura fale por si, pois em muitos instantes me sinto uma criança novamente.
Quero ser feliz e rir de coisas bobas.
Quero compartilhar a vida ao lado de alguém que de valor a poucas coisas.
Aprendi que sou rico, porque enxergo o que muitas pessoas não vêm mais.

Deixo apenas um pouco de mim,
Um pouco de minhas lágrimas e um pouco de minhas vontades.
Saudades de rabiscar palavras de amor no céu estrelado de sua boca.
Sinto saudades, muitas saudades de você.
Gostaria que pudesse sentir.
GIZ

E mesmo sem te ver.
Acho até que estou indo bem. Só apareço por assim dizer quando convém aparecer.
Ou quando quero... Quando quero...
Desenho toda a calçada, acaba o giz tem tijolo de construção.
Eu rabisco o sol que a chuva apagou.
Quero que saibas que me lembro, queria até que pudesses me ver.
És parte ainda do que me faz forte e para ser honesto só um pouquinho infeliz, mas tudo bem.
Tudo bem...
Lá vem, la vem, la vem de novo.
Acho que estou gostando de alguém e é de ti que não me esquecerei.
Está tudo bem, tudo bem...
Acho que estou gostando de alguém e é de Ti.

Saudades, muitas saudades rasgando o peito!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Esconde-Esconde da Solidão...


Sinto que nos rastros que a noite deixou sob os meus pés
Há ma voz tenra escondida entre lábios mornos.
Enquanto as lágrimas caem e a noite se aproxima eu vejo a dor riscar no céu
Um tom azul de recoordações

E se voce imagina se eu me arrependo,
Infelizmente não vejo o porque dizer que sim.
Não vejo porque me arrepender do que era o que deveria ser feito.

Decidi esconder algumas palavras na escuridão para que pudessem avistar meus olhos por entre as sombras,
Porque o meu coração estará assim até o amanhecer
Até que eu acredite que a dor passou e que o sofrimento não voltará mais.

Já faz algum tempo em que tornei-me novamente um doutor da angústia.
Sem passos,
Sem promessas,
Sem amor.

Sinto que os rastros que a noite deixou por debaixo dos teus passos
São os mesmos que me levam até você todas as noites em sonhos.
Não entendo porque você Habita meu pensamento, porque ainda está em meu coração...
Não entendo porque ainda penso em você,
Não entendo porque meu estomago fica gelado e nem porque minhas pernas ficam bambas.
Não entendo porque mesmo fazendo tudo e de tudo para ficar só, ainda sinto o gosto de tua boca.
Não entendo porque apesar de acabar com tudo antes de partir ainda pareço estar traindo quem parece que deueveria amar.
Talvez porque mesmo sem querer, mesmo sem entender e mesmo sem procurar...
Ainda amo.
Mesmo não querendo amar... Mesmo querendo apenas ficar aqui entre as sombras do que não existe mais
em meu coração.

Onde está você...


E você, por onde se esconde?
Eu me lembro que na tempestade você costuma dizer...
Olhe as estrelas e confie em mim
Eu te prometo que minhas mãos nunca deixarão que seus dedos se esfriem.

Hoje não estou mais aqui...
Não sinto tuas mãos e o meu conforte se mistura a rabiscos de tijolos que a chuva apaga sem saber que são importantes a alguém.
Gostava quando tinha o mundo em minhas mãos e tenho muita saudades de quando nos amávamos as escondidas.
Eu rabiscava na areia uma estória de amor
E você esboçava num sorriso que havia um propósito para tudo.

Hoje não estou mais aqui...
Sinto-me diferente, como se outra pessoa tomasse conta do meu ser.
Decidi esquecer que as lágrimas eram minhas.
Deixei de chorar e meu coração passou a adormecer.
Adormeci.

Descobri uma outra forma de ser feliz.
Agora ouço uma canção e as estrelas me visitam durante a noite.
Tenho vontade de chorar, mas não existem motivos...

Os que existem não me passam dignidade de serem lembrados.

Encontrei-me em outros sorrisos, mas me perdi apenas em tua boca.
Confortei-me em outros braços, mas adormeci somente nos teus.
Envolvi-me em outros corpos, mas o meu precisa do teu calor.
Atirei-me em outras vidas, mas nunca viverei completamente como quando nos amávamos as escondidas.

Tua boca é um doce veneno que atormenta os meus sonhos e sacia a minha carência.
Jamais esquecerei desse amargo que me falta todos os dias.
Nela me perdi, nela me encontrei, nela me conheci, me inspirei, nela me senti e nela me escondi de todas as dores que tinha.
Nela acreditei, por ela renunciei, perdi a cabeça e dela restou-me apenas o sabor de um sonho incerto.
É como uma correnteza que nos leva onde não queremos ir e nos afoga de amores e promessas eternas que não querem se realizar.
Mas de repente a luz do sol corrompe a escuridão e o uivar da noite se dissolve num canto de anjos.
O amanhecer trás a claridade consigo, revela a verdade escondida e meu infeliz coração sente as pontas dos dedos esfriarem.

Vem a vontade de chorar e esqueço-me que não sei como se faz.
Hoje volto para casa e como antes não tenho pra quem ligar, mas durmo sorrindo e agradeço a Deus por cada maravilhoso dia.
Fecho os olhos e ouço uma canção e em pouco tempo as estrelas batem a minha janela.
Descobri uma outra forma de ser feliz...
Rabisco com tijolo o que a chuva ainda não pode apagar.
Mas quando a noite esfria e o tempo trás a tempestade, fico pensativo.

“Eu me lembro que na tempestade você costuma dizer...
Olhe as estrelas e confie em mim
Eu te prometo que minhas mãos nunca deixarão que seus dedos se esfriem”.

Hoje não estou mais aqui...
E meus dedos estão gelados.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

O Mundo anda tão Complicado


"Quando dormi a teu lado".


Gosto de ver você dormir
Que nem criança com a boca aberta
O telefone chega sexta-feira
Aperto o passo por causa da garoa
Me empresta um par de meias
A gente chega na sessão das dez
Hoje eu acordo ao meio-dia
Amanhã é a sua vez
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você.
Temos que consertar o despertador
E separar todas as ferramentas
A mudança grande chegou
Com o fogão e a geladeira e a televisão
Não precisamos dormir no chão
Até que é bom, mas a cama chegou na terça
E na quinta chegou o som
Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo
E até que é fácil acostumar-se com meu jeito
Agora que temos nossa casa é a chave que sempre esqueço
Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um p'ro outro: - Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo Por amor

O caderno de Elisaene


Sou eu que vou seguir você do primeiro rabisco até o bê-a-bá
Em todos os desenhos coloridos vou estar
Na casa, na montanha, duas nuvens no céu
E num sol a sorrir no papel
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas bimestrais você vai ver
Serei de você confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel
Sou eu que vou ser seu amigo vou lhe dar abrigo se você quiser
Quando surgirem seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel
O que está escrito em mim comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente o que se há de fazer?
Só peço a você um favor se puder
Não me esqueças...
... num canto qualquer
"Acho que um pouco de mim está nessa canção e muito do que vivi no que já acabou...

Um novo Começo...


Um novo começo, uma nova era, uma oportunidade de curtir Rock’n Roll sentado a beira de um colapso.
Dizem que a consciência tem de ser mais importante que a reputação, pois reputação é o que pensam de você.
O que quer dizer que se tua consciência não te condena, então, o que os outros pensam de você não é problema teu e sim dos outros.

Olhe nos meus olhos sou o homem tocha descobrindo um país de aflição dentro de mim.
Mas enfim... é só por hoje.

Só por hoje não sinto vontade de deixar poucas e valiosas lágrimas escorrendo à minha face.
Só neste momento sinto que estou livre, coberto de desejos e vontades.
Já sei que o que eu precisava para ser feliz ainda está um pouquinho distante, mas um dia após o outro é um refrão de sorrisos.
Não me esqueço que alguma coisa aconteceu, não me esqueço que sou muitas vezes o que não quero ser e sinto o que não deveria sentir.
Que muitas vezes procuro não sentir o que sinto hoje e nem me esconder ou fugir de quem já deixou de me procurar.
Se só por um momento eu me distrair, fugir se eu quiser, é só uma questão de tempo, porque depois que acaba o tempo de ventania as folhas no chão indicam que nem tudo dura para sempre e que todas as crianças seguem o teu caminho tentando crescer antes do tempo.

Hoje, agora, nesse instante...
Vejo um bom e agradável obstáculo se erguer diante de mim, ele é conhecido como frio no estomago.
E após ele um desejo de superar altitudes e atitudes.
Podem machucar meu coração, já não sinto mais dor e nem tão pouco emoção para felicitar alguns em troca de coices e apunhaladas.

Ultimamente tenho vontade de tomar banho de chuva, mas ainda não é hora de chover.
Quando for o momento certo, então podemos sair por aí, passear no caminho dos barcos e talvez morramos em um adocicado beijo sob um arco-íris de chuva.

Bem, o melhor de tudo é que depois que esperei a queda descobri que não posso voar, mas se eu correr muito e me atirar ao vento posso pelo menos flutuar em minhas canções.
E não é tão triste embora solitário, mas é entorpecente e você se sente bem mesmo que não tenha ninguém por perto.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Blues de um dia Bom!


Aquele dia, todos pareciam sorrir, era uma sensação maravilhosa.
Você já caminhou sobre algodão?
Havia alegria em todas as direções.
Por um momento incessante as pessoas pareciam felizes.
Não havia diferença entre raça, cor, sexo ou religião.
Um sorriso delicado nasce no canto da boca entrelaçando lábios e desabrochando reações miraculosas.

São tempos de amizade e risos.
É um típico dia de outono se despedindo do entardecer...
Você já caminhou entre folhas secas?

Há um tom de amarelo ouro entre as nuvens e a capa de um velho disco estampa uma linda paisagem nos olhares das garotas.
Todas com seus cabelos soltos enfeitando o parque de essências perfumadas.
Você já caminhou por entre flores?
Os velhos são fortes e seus olhares jovens, cheios de espírito infantil.
E você pode sobreviver em um mundo assim, pode caminhar e sorrir sem medo de não ser correspondido.

É um som de blues embalado aos abraços nas cordas de um velho violão adormecido.
Você já dançou sua música entre a tarde e o entardecer?
E assim gostaria que o mundo continuasse.
Que tudo o que é filosofia fizesse parte de minha realidade.

Houve um tempo em que isso era mais que um sonho ou uma bela fantasia da minha parte.
Houve um tempo em que meus pés repousavam sobre nuvens e eu adormecia sobre um delicado colchão de algodão azul.
Nesse tempo não importava o que acontecia, sempre que eu precisasse podia sentir o perfume da minha flor predileta, na hora em que eu quisesse, no momento em que eu necessitasse, sem medo, sem receio e sem ter de chamar pelo seu perfume bailando na brisa de minhas tristezas.

Houve um tempo em que o meu blues não era uma canção de pranto e dor, mas eu dançava minha canção favorita, não importava em que lugar...
O meu blues era harmonia,
O meu blues era essência,
O meu blues era um espírito de força e de “sou capaz de ir além”.
O meu blues não era morte...O meu blues não era apenas pranto...O meu blues era quem eu precisava.

Quando eu ouvia meu blues todos começavam a sorrir, eu caminhava sobre algodão, havia alegria em todas as direções.
Quando eu cantava o meu blues, um sorriso delicado nascia no canto de minha boca desabrochando reações miraculosas, tinha amigos e risos.
E quando eu tocava o meu blues era fácil caminhar entre folhas secas em um mundo assim, em um típico dia de outono na velha capa de um disco com velhos de espíritos infantis.

Nesse tempo não importava o que acontecia, sempre que eu precisasse podia sentir o perfume da minha flor predileta e tocar meu blues para viver um sorriso delicado nascendo no canto de sua boca...