terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Apenas por escrever!

As vezes quando caminho pela chuva consigo sentir o vapor quente subir por debaixo do asfalto.
Vem de repente um suave cheiro de pedra molhada como se ha muito tempo as gotas pobres e inocentes estivessem sendo aguardadas.
Comprei um novo livro "A cidade do Sol", é de um autor Afegão que foi viver na América do norte para fugir do horror da Guerra e das indiferenças em seu país natal.
O livro conta a estória de duas mulheres que apesar da vida ruim e catastrófica que possuem, conseguem dar um novo sentido ao destino e um novo gosta a liberdade da qual foram privadas desde o inicio de suas rigens.
Na verdade, eu ainda estou no segundo capítulo, mas logo-logo estarei saboreando cada página desse formidável néctar de sabedoria.
É natal e eu realmente não estou suportando essa época.
Parece que o natal perdeu o brilho e a harmonia que existiu há algum tempo não tem mais sabor.
Hoje estou escrevendo por escrever, daqui a pouco eu vou cochilar.
Hoje o meu celular tocou, não consigo saber quem ligou, retornei a ligação mas ninguém atendeu...
Imaginei que fosse ela, sei lá... Nunca se sabe!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Sete vidas de uma não vivida!


Senti vontade de chorar sobre os altos montes de sonhos...
Entre o silencioso ronronar do medo e dentro da imensa vontade de compor outra canção.

Observei ao longe a fria e incolor porta de desejos.
Desejei que chegastes em hora marcada.
E que no momento importuno cobrice minha face com o licor desejado de teu sorriso.

Que após o frio da madrugada pudesse te ouvir cruzar a alameda de asfalto molhado pela chuva rala que escorria dos olhos da lua.
Ainda parece frio aqui dentro, e mesmo que eu observe a porta, não sei se posso evitar este frio que passa por debaixo de seu vestido.

Alguém como eu não consegue parar de repente.
E quando meu corpo é estático, minha pupila dilata.
Meu olfato se aguça, e meus ouvidos escutam os anjos balbuciarem palavras de amor.
De minhas sete vidas vividas, a que me tras maior sensação de culpa é aquela que me faz olhar para a porta.
Desejando que chegues para que eu consiga admitir a mim mesmo que num último e heróico ato racional...
Estar longe é o que parece mais seguro.

Mas não penses que aqui de cima o mundo é solitário e sem sentido, sinto que agora o mundo tem cores e que as estrelas brilham apesar de estarem mortas.
E mesmo em meio as duas vidas que me restam das sete, descobri que estar morto não é tão ruim quanto viver e não sentir o coração bater...

Quando em uma bela e fria madrugada de outono brincava com minha própria imaginação...
Desejei que chegastes em hora marcada.
E que no momento importuno cobrice minha face com o licor desejado de teu sorriso.
Então sorri porque chegastes em hora distraída e distraidamente me pus a chorar o azul do amor que voltou a vida.
Interessante, pensei.
E em poucotempo compus outra canção...
Por Leandro Antônio