quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Sete vidas de uma não vivida!


Senti vontade de chorar sobre os altos montes de sonhos...
Entre o silencioso ronronar do medo e dentro da imensa vontade de compor outra canção.

Observei ao longe a fria e incolor porta de desejos.
Desejei que chegastes em hora marcada.
E que no momento importuno cobrice minha face com o licor desejado de teu sorriso.

Que após o frio da madrugada pudesse te ouvir cruzar a alameda de asfalto molhado pela chuva rala que escorria dos olhos da lua.
Ainda parece frio aqui dentro, e mesmo que eu observe a porta, não sei se posso evitar este frio que passa por debaixo de seu vestido.

Alguém como eu não consegue parar de repente.
E quando meu corpo é estático, minha pupila dilata.
Meu olfato se aguça, e meus ouvidos escutam os anjos balbuciarem palavras de amor.
De minhas sete vidas vividas, a que me tras maior sensação de culpa é aquela que me faz olhar para a porta.
Desejando que chegues para que eu consiga admitir a mim mesmo que num último e heróico ato racional...
Estar longe é o que parece mais seguro.

Mas não penses que aqui de cima o mundo é solitário e sem sentido, sinto que agora o mundo tem cores e que as estrelas brilham apesar de estarem mortas.
E mesmo em meio as duas vidas que me restam das sete, descobri que estar morto não é tão ruim quanto viver e não sentir o coração bater...

Quando em uma bela e fria madrugada de outono brincava com minha própria imaginação...
Desejei que chegastes em hora marcada.
E que no momento importuno cobrice minha face com o licor desejado de teu sorriso.
Então sorri porque chegastes em hora distraída e distraidamente me pus a chorar o azul do amor que voltou a vida.
Interessante, pensei.
E em poucotempo compus outra canção...
Por Leandro Antônio

Um comentário:

cllauddia disse...

nossssa adorei otexto e mais ainda a foto desssssssste gatinhooooooo linnnnndo